quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ponto de Partida.

" Muito pouco pra dizer, nada pra guardar. Hoje é só um outro começo. Outras ondas de outro mar vão rodar o mundo e para onde vão eu conheço. Não é bom nem é ruim, nada pra fazer, a mesma vida olhando para mim, o mesmo rosto dizendo que não, flores da mesma estação.
Quem eu não sou, onde eu não vou, quando eu não estou. Se eu tivesse outros olhos para ver, só mais uma vez, uma chance, um novo começo, ser quem eu não sou.
Muita coisa para querer, nada pra gostar, esses dias eu não esqueço. Nem precisa adivinhar como vão as coisas, nada vai sair do lugar. Não é bom nem é tão mal, nada pra sorrir, nada vai sair no jornal. A mesma história, o mesmo clichê. Tudo de novo pra que? O que há lá fora além de todo tempo que não pára de chegar. Deixar o sol entrar pela janela e ver outra pessoa ..."

como já dizia M.E.


saudações particulares.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

distração.

Tudo é muito estranho, muito confuso, muito incerto e, de certa forma, muito chato. Precisamos ter uma forma de escape disso tudo. A minha maneira é entrar de cabeça na leitura. A minha sede de fulga é tamanha que as páginas mudam sem a minha percepção. A última palavra da página anterior emenda com a primeira da posterior. Vampiros, lobisomens e todos os desdobramentos deles são muito mais interessantes do que a ansiedade perturbadora do resultado do vestibular, do que o dilema amoroso no qual estou perdidamente presa, do que o ócio que um dia normal pode ter. O suspense me prende, me deixa nervosa, ansiosa. O coração bate mais forte quando a "mocinha" vai se atirar de um penhasco, quando o perigo está chegando mais perto. Tudo isso é resolvido facilmente, basta um pouquinho mais de atenção e se desligar total do que acontece aqui, no mundo real. Em segundos, a tensão diminui e tudo volta 'ao normal'. Por isso que estou viciada nessa leitura. Tudo parece ser resolvido. Me conforta saber que dentro de poucas páginas estará a resolução do tal problema. Esqueço de tudo nessa leitura de coisas irreais. Leio fervorosamente e isso me acalma, pois o que vampiros e lobisomens podem tem em comum com a minha realidade? Me enganei estupidamente. A personagem insiste em falar coisas que eu sei, coisas que eu penso. Parece que eu escrevi. É incrível como me identifico. Pai, melhor amigo, amor, vampiros, lobisomens, todos parecem constituir uma grande metáfora da minha vida. Claro que meu egocentrismo não permite e é bastante racional para reconhecer que aquela não é a minha história. Infelizmente, me acho nela.
Leio, termino de ler, descanso. Aí os pensamentos me vêm a cabeça: o resultado tá cada vez mais perto, não consigo chegar a uma conclusão sobre aquilo. Meu Deus, vou enlouquecer. Daqui a 48 horas, como estarei. Passa rápido tempo. Não, não passe.
Parar de ler foi um erro. A história estava mais interessante. Na velocidade em que estou lendo, o livro vai acabar rapidamente. E depois? Não lerei de novo, porque não é tão emocionante 'viver' uma história duas vezes. Outros livros? Tenho certeza não serão tão interessantes como esse. Vou ter que voltar para minha vida real, meus problemas tipicamente humanos e reais. Vou ter que esperar, como todos os outros mortais, as horas passarem e o dia mostrar-me as surpresas que guardou para mim. Quero? Não. Preferia viver nesse mundo de suspense, amores e monstros que é o livro. Confesso que ficaria bastante satisfeita se aparecesse um vampiro na minha frente, ou meu melhor amigo fosse o tal lobisomem. Porém, tenho certeza que não seria como no livro. É uma ficção! Não posso esquecer esse pequeno e importante detalhe.
Ah, vou voltar. Ainda tenho direito a mais de 100 páginas de escape.


saudações particulares.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

roupa nova.

Estava na hora de mudanças, a tia veio por aqui e arrumou tudo.
Obrigada, tia! A Ep agradece :)

" Depois do céu tem outro céu ou nem o céu existe mais. Será que o sol é de papel? Será que as nuvens são de gás? Se o mar começa em outro mar, quem é que tira o sol do sal, antes do dia começar a noite é quase imortal. Se nada tem um fim, quem é que fez o não, se a nossa vida é assim. (...) Se existe outra dimensão em que você não é você, quem é que sabe a direção pra encontrar quem não se vê. Se o tempo sempre tem razão, que tudo sempre vai mudar, pra que manter os pés no chão se todo mundo quer voar. "
gosto muito.

saudações novas de cara nova.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

ano novo, tudo novo. ou não.

Parei de me preocupar com roupa amassando, sandália incomodando, cabelo assanhando, prima chorando e observei o que estava acontecendo naqueles últimos momentos. Aqueles eram os últimos segundos de um ano. Analise bem a frase anterior, parece o fim do mundo, não é? A última roupa do ano, o último abraço, a última música ouvida e cantada, o último beijo, a última ligação. Em questão de segundos, um ano cheio de acontecimentos passa a constituir-se de lembranças. "O que era velho, ficou para trás." Os desejos, os planos, as metas, os caprichos, todos são jogados para o ano seguinte. Cinco, quatro, três, dois, um... Feliz Ano Novo. Champagne estoura, casais se beijam, família e amigos abraçando-se, algumas pessoas até choram (devido à sensibilidade provocada pelo álcool no organismo ou perceberam a efemeridade de um ano). Ligações para os amigos, para os familiares. O primeiro beijo, o primeiro banho, o primeiro abraço, a primeira ligação, parece que tudo começa novamente. Uvas, pular 7 ondas, oração, tudo vale para um ano melhor. Tudo se resume a: Meu Deus, oque vem por aí? Todos os problemas enfrentados, todas as dificuldades e tristezas superadas. Ainda nos resta um pouco de esperança, essencial se quisermos ter um motivo para viver. "Que esse ano eu realmente estude, que eu consiga fazer aquela viagem, que dê tudo certo na faculdade, que meus pais não percam o emprego, que a tia melhore da saúde, que minha prima crie juízo, que minha amiga arranje/conserve o namorado" e vai mais além... que a crise melhore, que as crianças, não só da África, mas do mundo inteiro, tenham alimento e saúde dignos, que as guerras acabem de vez, que a natureza seja preservada, enfim, que tudo melhore em todos os sentidos.Desejos, promessas... precisamos de mais. Precisamos mudar se quisermos que o mundo mude. A mudança tem que partir de cada um de nós, não estou falando de: operários, uni-vos e façamos a revolução. Não. Partamos do seguinte raciocínio; queremos que o mundo fique melhor, não é? Para isso, é necessário que haja mudanças. Se não estava bom, é porque algo esteja errado com você. Não basta a boa intenção, é preciso ação. Precisamos pensar nas nossas atitudes, nos nossos corações, deixar de sermos apegados a coisas materiais, pensar nos outros, lermos um pouco mais sobre qualquer coisa, é indispensável que as pessoas pensem e sintam. O sentimento e a razão, vez que andam juntas, farão com que tudo torne-se melhor, você verá.

Aqui vai o meu sincero: Feliz Ano Novo. Que esse ano seja, sinceramente, repleto de coisas boas.

primeiro beijo de 2009.