segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

distração.

Tudo é muito estranho, muito confuso, muito incerto e, de certa forma, muito chato. Precisamos ter uma forma de escape disso tudo. A minha maneira é entrar de cabeça na leitura. A minha sede de fulga é tamanha que as páginas mudam sem a minha percepção. A última palavra da página anterior emenda com a primeira da posterior. Vampiros, lobisomens e todos os desdobramentos deles são muito mais interessantes do que a ansiedade perturbadora do resultado do vestibular, do que o dilema amoroso no qual estou perdidamente presa, do que o ócio que um dia normal pode ter. O suspense me prende, me deixa nervosa, ansiosa. O coração bate mais forte quando a "mocinha" vai se atirar de um penhasco, quando o perigo está chegando mais perto. Tudo isso é resolvido facilmente, basta um pouquinho mais de atenção e se desligar total do que acontece aqui, no mundo real. Em segundos, a tensão diminui e tudo volta 'ao normal'. Por isso que estou viciada nessa leitura. Tudo parece ser resolvido. Me conforta saber que dentro de poucas páginas estará a resolução do tal problema. Esqueço de tudo nessa leitura de coisas irreais. Leio fervorosamente e isso me acalma, pois o que vampiros e lobisomens podem tem em comum com a minha realidade? Me enganei estupidamente. A personagem insiste em falar coisas que eu sei, coisas que eu penso. Parece que eu escrevi. É incrível como me identifico. Pai, melhor amigo, amor, vampiros, lobisomens, todos parecem constituir uma grande metáfora da minha vida. Claro que meu egocentrismo não permite e é bastante racional para reconhecer que aquela não é a minha história. Infelizmente, me acho nela.
Leio, termino de ler, descanso. Aí os pensamentos me vêm a cabeça: o resultado tá cada vez mais perto, não consigo chegar a uma conclusão sobre aquilo. Meu Deus, vou enlouquecer. Daqui a 48 horas, como estarei. Passa rápido tempo. Não, não passe.
Parar de ler foi um erro. A história estava mais interessante. Na velocidade em que estou lendo, o livro vai acabar rapidamente. E depois? Não lerei de novo, porque não é tão emocionante 'viver' uma história duas vezes. Outros livros? Tenho certeza não serão tão interessantes como esse. Vou ter que voltar para minha vida real, meus problemas tipicamente humanos e reais. Vou ter que esperar, como todos os outros mortais, as horas passarem e o dia mostrar-me as surpresas que guardou para mim. Quero? Não. Preferia viver nesse mundo de suspense, amores e monstros que é o livro. Confesso que ficaria bastante satisfeita se aparecesse um vampiro na minha frente, ou meu melhor amigo fosse o tal lobisomem. Porém, tenho certeza que não seria como no livro. É uma ficção! Não posso esquecer esse pequeno e importante detalhe.
Ah, vou voltar. Ainda tenho direito a mais de 100 páginas de escape.


saudações particulares.

3 comentários:

Unknown disse...

quando termino um livro, sempre penso que nunca mais encontrarei um tão bom quanto...mas existe, basta começar pra saber =~D
eu tenho uns aqui desse tipo, se quiiiser =~D

beeeijo amigaaaa! \o/
e o resultado =O tava nem lembrando ¬¬

m.milena disse...

crepusculo, lua nova.. eita minha filha, viciou hein? eaihue =) tô na lista de espera pra ler, acredita? aeuehe espero que seja bom mesmo...

quanto a amanhã.. RELAXE! vc tá dentro. nós duas sabemos do seu potencial :)

fabiana disse...

Esse sentimento me traz tantas lembranças; essa deliciosa companhia que um bom livro faz.

Então: Boa sorte e bom livro!! (se é que você já não terminou...)
:-)