sábado, 9 de abril de 2011

makes me feel alive, like nothing else does.

Eu nunca soube traduzir bem em palavras o que aquilo significava; eu só dançava.
Desde o início começou sob a minha responsabilidade, sob a minha escolha. Eu comecei sozinha. Incentivo e iniciativa partiram de mim. Era um aspecto diferente da minha vida, era onde eu conseguia ser organizada, manter tudo sob controle e era capaz de me dedicar horas a fio sem o mínimo esforço (fora o físico). Era onde eu me encontrava, era onde eu me expunha. Era onde eu era eu mesma e quem eu não era. Era onde tava quase a totalidade da minha identidade. Foi dançando que eu descobri quem eu era e quem eu iria ser.
Foi na possibilidade de interpretar vários papéis que eu me descobri multifacetada, foi ao fazer o mesmo passo repetidas vezes que eu aprendi que era preciso perseverança para se chegar em algum lugar, foi ao refazer os passos errados que aprendi que o acerto vem depois de muitos erros, foi caindo que eu descobri que a gente pode se reerguer, foi recebendo elogios que eu sabia que tinha potencial, foi não recebendo elogios que eu descobri que tinha que me valorizar a todo custo.
Sei que dentro de mim tem uma necessidade vital de dançar, sei disso porque nada causa em mim o que a dança causa, nada me causa arrepios, nada tira minhas lágrimas tão bobamente, nada me faz sorrir tão facilmente, nada me faz sentir tão viva como a dança faz.
A dança é a única certeza que eu tenho na vida, eu sei que ela vai ser sempre parte de mim.

a dancer.

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