sábado, 6 de junho de 2009

De repente, a lua.

Mil pensamentos na mente, litros de lágrimas no rosto, vozes e músicas. Uma confusão. De repente, a lua parece ser mais importante que tudo isso. Inicialmente, ela assemelhava-se a uma lâmpada, uma luz muito longe que insiste em querer iluminar algo. Depois ela muda, é, ela consegue mudar também. Ela fica maior, mais brilhante e faz com que tudo silencie-se: as vozes, os pensamentos, as árvores, as músicas. Mesmo de tão longe e tão simples ela fala um humilde: Cala a boca. O foco muda de um pequeno ponto insignificante para um pequeno ponto brilhoso.
Ela está lá, sempre, não pede para que todos a notem, há dias que ela tá pequena, feia, com formato e cor indefinidos, há outros ela decide chamar atenção e torna-se lá, gigantesca, cheia e calada. Aquele era um dia daqueles em que ela estava lá so de passagem, só para marcar presença, sem intenções maiores. Em um piscar de olhos ela fica coberta e some. Isso mesmo, mesmo pequena e quase imperceptível ela some e faz falta. Uma nuvem gigantesca a cobre. A insistência em procurá-la dura alguns segundos desesperadores e em seguida vai embora porque você sabe que haja oque houver, custe o tem que custar, as nuvens passam e seguem seus caminhos, deixando oque havia antes do mesmo jeito. A persistência. O céu claro novamente e a lua está de volta, do mesmo jeito de antes; sua mesma forma e cor. Ela não estava com um pedaço quebrado, não estava roxa. Mesmo estando por um tempo escondida, ela voltou e continuou a mesma.
E então lembro-me da pessoa-lua que está escondida atrás das nuvens só esperando que elas passem. Agora ela sabe que não precisa perder um pedaço, só precisa esperar que as nuvens passem.

particularmente,
a.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá!
Encontrei este belo texto num site para onde foram copiados boa parte dos textos do meu blog. Sem permissão, citação de autoria... nada. Um tal de gs-servers.com
E pelo que percebi, a prática é comum. O site se alimenta de textos de outras pessoas, disponibilizados para a apropriação. Ponha um trecho de seu texto entre aspas no google e verá o que estou dizendo. Desculpe entrar aqui de maneira tão desagradável. Comentei em todos os meus textos que achei nesse tal site, reinvindicando a autoria do texto e pedindo que o retirassem. Coloquei alguns trechos de textos que encontrei por lá entre aspas no google e estou avisando algumas pessoas. Imagino que quanto mais gente reclamar, espernear, pedir a retirada dos textos, maior a possibilidade de conseguir algum resultado. Mais uma vez, desculpe o comentário desagradável.