segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

longe, bem longe mesmo.

Não sou provida de sentimento nacionalista, também não odeio todas as coisas do meu país. Reconheço seus pontos positivos e realço o negativo, porém não saio por aí abraçada com a bandeira e pintada de verde e amarelo. Não me orgulho dessa minha característica, já tentei mudar, mas não adianta.
Isso não melhorou com a idade, contrário, piorou.
Sabe aquela vontade de ir embora? De largar tudo e todos? Infelizmente, ela me domina há alguns meses. Tenho vontade de ir para outro país, bem longe, bem longe mesmo. Outras características, outras pessoas, outros costumes, outra língua, outra paisagem... sem pais, até mesmo sem amigos. Ter a oportunidade de começar do zero, definir quem eu sou, do que gosto. Quais as minhas dificuldades, o que eu preciso mudar.
Quando a mãe briga, o pai reclama, a amiga discorda, a prima ignora... essas horas a vontade ultrapassa o limite do meu corpo. Quando uma foto é vista, um filme assistido, uma reportagem noticiada, o limite diminui permitindo que a vontade ultrapasse-o ainda mais.
Talvez eu me arrependa, talvez esteja completamente errada, mas eu quero teressa certeza longe daqui.
Longe, bem longe mesmo.

Não, isso não é um desabafo sem precedentes e passível de mudanças daqui a alguns minutos. Essa vontade é permanente.

particularmente,

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