domingo, 21 de agosto de 2011

society.

Eu to cansada.
Cansada do fato de a minha opinião vir sempre em segundo lugar. Cansada de me dizerem o que devo vestir, o que não devo vestir, o que não devo vestir mais. Cansada das pessoas acharem que podem classificar as outras pelo que vestem. Cansada de escolherem os lugares pra que eu tenho que sair. Cansada de não poder escolher a opção de ficar em casa sábado a noite. Cansada de ter que assistir esse ou aquele filme. Cansada de não poder gostar daquele filme. Cansada de não poder dizer o que eu quero e acho ser necessário. Cansada de ter que gostar de uma pessoa pelo que as outras pensam e opinam sobre ela. Cansada de me dizerem como me comportar, como me classificar, como falar, como andar. Cansada de correção o tempo todo. Cansada de 'ter' que ser assim. argh.

Eu sei, sociedade, uma menininha como eu não deve dizer, mas eu digo sem *: FUCK YOU ALL! and I don't give a damn!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

old enough.

Acabara de receber a notícia que seu avô falecera. Lágrimas desceram instantaneamente.
Então ela, com seus 5 anos de inocência e sabedoria, pergunta:
- Por que que tu tá chorando?
- Porque eu me machuquei.
- Tu não acha que tá grandinha pra chorar por causa de um machucado não?

Ela tinha razão. Tinha que ser grandinha agora.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

like a movie.

Às vezes eu me pergunto se sou realmente uma tola. Ou se estou enlouquecendo. Ou se estou, de alguma forma, vivendo em uma realidade paralela. É errado querer viver aqueles romances de novelas, filmes ou seriados? É tão absurdo assim? Partindo do pressuposto que quem escreveu aquela obra de "ficção" foi um ser humano, algo de verdade ali deve existir. Ou uma vontade imensa de viver uma história intensa e linda. Ou uma válvula de escape dessa realidade muitas vezes cruel.
Creio que essas histórias de filmes não são tão absurdas assim. Quero e preciso acreditar que tudo isso pode existir, de fato. Tenho essa necessidade como uma pontinha de esperança nesse mundo cada vez mais frio, mais distante e mais individual.
Sabe por que isso é tão importante? Porque abre o seu campo de visão; aquele boy next door pode ser o amor da sua vida. Porque mostra a possibilidade de viver um romance intenso de 2 semanas. Porque mostra que o improvável está ali e vai te mudar por completo. Gosto de acreditar nisso e confesso que não mudaria isso em mim.
No entanto, quando acaba o filme e aquela moça e aquele rapaz finalmente ficam juntos, depois de passar por todas as dificuldades, você se pergunta: e o meu final feliz?
Vejo a minha vida como um filme. Um filme supostamente escrito com a colaboração do Cara lá de cima que tem armado poucas e boas pra mim. Um filme onde muitos personagens aparecem e somem de cena. Um filme que ainda tá no meio, chegando no clímax. Espero que falte pouco pra o narrador começar a falar: "And now, this is a history of a boy that founds a girl." Or the opposite. Só espero que o começo do meu final feliz aconteça logo.

"so much for my happy ending."

sábado, 9 de abril de 2011

makes me feel alive, like nothing else does.

Eu nunca soube traduzir bem em palavras o que aquilo significava; eu só dançava.
Desde o início começou sob a minha responsabilidade, sob a minha escolha. Eu comecei sozinha. Incentivo e iniciativa partiram de mim. Era um aspecto diferente da minha vida, era onde eu conseguia ser organizada, manter tudo sob controle e era capaz de me dedicar horas a fio sem o mínimo esforço (fora o físico). Era onde eu me encontrava, era onde eu me expunha. Era onde eu era eu mesma e quem eu não era. Era onde tava quase a totalidade da minha identidade. Foi dançando que eu descobri quem eu era e quem eu iria ser.
Foi na possibilidade de interpretar vários papéis que eu me descobri multifacetada, foi ao fazer o mesmo passo repetidas vezes que eu aprendi que era preciso perseverança para se chegar em algum lugar, foi ao refazer os passos errados que aprendi que o acerto vem depois de muitos erros, foi caindo que eu descobri que a gente pode se reerguer, foi recebendo elogios que eu sabia que tinha potencial, foi não recebendo elogios que eu descobri que tinha que me valorizar a todo custo.
Sei que dentro de mim tem uma necessidade vital de dançar, sei disso porque nada causa em mim o que a dança causa, nada me causa arrepios, nada tira minhas lágrimas tão bobamente, nada me faz sorrir tão facilmente, nada me faz sentir tão viva como a dança faz.
A dança é a única certeza que eu tenho na vida, eu sei que ela vai ser sempre parte de mim.

a dancer.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

sentimento traduzido em palavras:

" Faça um pedido e coloque no seu coração. O que você quiser...tudo o que quiser.
Você tem? Que bom. Agora acredite que pode se tornar realidade. Nunca se sabe de onde o próximo milagre vai vir, o proximo sorriso, o próximo desejo tornado realidade. Mas, se você acreditar que está bem ali na esquina...E abrir o seu coração e mente para essa possibilidade,
Para essa certeza... Você acabará conseguindo o que deseja. O mundo é cheio de mágica. Você apenas precisa acreditar nela. Então, faça o seu pedido. Você tem? Que bom. Agora acredite...com todo o seu coração. "

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

starts now.

- Você tem sonhos, Maria?
- Sim. Quero ser uma médica que salva todas as crianças dessa cidade.
- Muito bem. E você, Joana?
- Eu, tia, quero ser uma estilista bem famosa.
- Ok. E você, Luís?
- Eu quero ser o craque mais craque de futebol desse país.
- Muito bem, tenho certeza vou torcer por você em alguma Copa do Mundo.
_
"Quais os seus sonhos?" Pergunta frequente quando você é criança. Posso garantir que a resposta vem também em alto e bom som. Anos depois a resposta não é tão clara assim. Ela pode até existir dentro de você, mas fica cada vez mais difícil ser posta pra fora. Não deveria, pois à medida que envelhece você fica mais experiente, querendo ou não. É difícil admitir quando tudo depende de você. Quando você tem que ir atrás, quando você tem que ralar, quando existe várias pessoas te dizendo o que fazer e o que não fazer, quando você tem estatísticas bem na sua frente, quando você sabe a probabilidade de não dar certo, quando você tem que abrir mão de um mundo de coisas pra conseguir o mundo dos seus sonhos. É difícil, mas creio eu que essa é uma das duas motivações da vida: seguir seus sonhos e ter amor. Podem ser coisas diferentes, ou não, it's up to you. Se você tiver amor pela sua vida, por quem você é ou planeja ser, você é capaz de amar as coisas que existem ao seu redor. Assim, você consegue seguir seus sonhos.
Eu só espero que a rotina do dia a dia não tenha tirado seus sonhos, tenha diminuído o 'ser médica e salvar a cidade' para o 'terminar a faculdade de medicina.', o 'ser o craque mais craque' para 'jogar uma partidinha com os amigos nas quintas à noite'. Espero que no final da noite você converse consigo mesmo e tenha claro a meta traçada, que deite a cabeça no travesseiro e diga: caminhei em direção aos meus sonhos hoje, amanhã é o próximo dia pra continuar essa caminhada.
Espero que tenha uma voz dentro do seu coração que traz a sensação que ele vai explodir do seu peito, espero que você seja sincero consigo mesmo, espero que você se permita sonhar. Espero, acima de tudo, que você acredite em você mesmo e não espero os outros acreditar. Porque daqui que eles comecem, você já perdeu muito tempo.

So, the journey starts right now. Do you join to me?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

um vício, uma vida.

Tenho um vício. Ele se chama seriadólatra. Acho que isso tudo começou aos 13 anos. Eis a minha história.
Tava correndo pelos canais, comecei a assistir um programa que tava passando. Era sobre uma mãe que teve uma filha aos 16 anos, que moravam numa cidadezinha pequena. Paixão imediata e pronto. Em menos de uma semana eu me via sabendo os horários que passavam os episódios decorados, assistia ao mesmo episódio umas 3 vezes, até pedi (insistentemente) para voltar de viagem para poder ver um episódio. Vício. Quando o episódio era bom e tudo terminava bem, meu dia era feliz. Quando elas brigavam, era o dia com aquela sensação estranha no coração. Não me orgulho dessa sensibilidade toda, mas confesso que não mudaria isso. E assim seguiu uns 2 anos da minha vida. Com as horas bem gastas em frente a tv aprendi sobre livros, relacionamentos, comidas, filmes, aprendi boa parte do inglês que sei hoje e como ler a legenda bem rápido. Me deixei ser influenciada pela personalidade daquelas personagens, me deixei envolver, me deixei apaixonar. Já disse que minha filha ia se chamar Lorelai, que tenho amigos Lukes por aí e queria ser uma Rory na vida.
Porém, dividi meu amor com 'The OC', mas não se preocupe, nada que se comparasse com o primeiro porque foi com 'Gilmore Girls' que começou minha paixão pelo mundo lá fora, por tudo que esse mundo pode oferecer.
Conheci vários depois, tais como 'Friends', 'What I Like About You', entre outros que não lembro muito bem porque, posso garantir, me divertiram muito, mas não deixaram marcas.
Passados alguns anos, devido a uma influência de uma prima, comecei a ver 'Greys Anatomy'. Lembro que via uns episódios perdidos, gostava muito mas não entendia muita coisa, aí decidi conhecer a finco e comecei a ver desde o primeiro episódio. Nossa, passava horas e horas assistindo os episódios. Como tava um pouquinho mais crescidinha, não afetavam tanto assim meu humor, mas como afetavam minha alma! Decorando algumas frases ou palavras da série, minha mãe até brincava dizendo que eu jájá era médica por causa desse seriado, mal ela sabe que isso quase passou pela minha cabeça. Mas calma, não passou de 1 dia. Nessa série, quase sempre a personagem principal diz algumas coisas no começo e final de cada episódio e esses textos sempre me tocaram muito, tanto é que tenho todos no computador, alguns sei até de cor e uso muito em vários aspectos da minha vida. Greys me dava forças pra continuar nessa batalha que é a vida de ser menina, estudante, filha, namorada, amiga. Greys me dava forças até pra estudar, acredite. Já enchi muito a cabeça dos amigos com 'Greys é a melhor série ever.' E é.
Paralelo ao Greys existe 'How I Met Your Mother', 'Gossip Girl' e 'Private Practice', mas como The OC, proporcionaram muitos (muitos) risos e outras reações, mas nada como o seriado-mor dessa temporada da minha vida.
Agora conhece 'One Tree Hill'. Bem. Esse eu tenho muito o que falar e a chorar. Porque se Greys é drama, One Tree Hill é depressão. Desde o primeiro episódio, creio que até o último, rios de lágrimas rolarão. Confesso que as outras séries talvez tenham ficado com ciúme, porque as abandonei totalmente, abandonei inclusive uma coisa chamada 'vida social'. O vício fala mais alto, desculpem. Mas é porque OTH está se encaixando perfeitamente com essa nova fase da minha vida, principalmente sobre sonhos, esperança, pessoas e vida. Aprendi que não deve existir nada que derrube definitivamente seus sonhos. Obstáculos sempre existirão, você só não pode permitir que eles se transformem em montanhas intermináveis e pode acontecer o que for, nunca perca a esperança porque ela é que te leva adiante nessa nossa jornada, é ela que te faz crer nas pessoas. Pessoas essas que sorriem pra você, que estendem a mão, que brincam, que compartilham segredos, que escutam resmungos, que limpam lágrimas, que causam dor, que quebram teu coração em pedacinhos, que te dizem adeus. A vida é assim. E 'One Tree Hill' me ensinou.
Meio patético dizer que aprendi essas coisas com um seriado. Entretanto, mais patético seria se nem com a vida eu aprendesse isso. To satisfeita que consegui tirar isso de um seriado, imagine o que posso fazer com minha vida, certo?
E o objetivo disso tudo é apresentar séries pra vocês? Não. Propagandas existem para isso. Eu vim aqui falar pra 'Gilmore Girls', que ela é inesquecível, que muito da minha personalidade tem influência dela, que parte da minha sabedoria é devido a ela, que grande parte dos meus sorrisos e lágrimas foram iniciadas por ela. Vim dizer ao 'Greys Anatomy' que ele me ensinou a passar por muito nessa vida, me ensinou a ter garra, me ensinou a ouvir o que os outros tem a dizer e me deu belas frases que eu vou levar como conhecimento pela vida inteira. E vim dizer ao 'One Tree Hill' que ele tá me ensinando como a vida é. Feia e bonita, formando esse paradoxo tão mágico.
E, finalmente, vim dizer aos 'Gilmore Girls', 'The OC', 'Friends', 'Greys Anatomy', 'Gossip Girl', 'How I Met Your Mother' e 'One Tree Hill' da minha vida, que sendo parte do meu presente ou passado, vocês fazem parte de quem eu sou, que vocês fazem parte da minha história e isso encaixa vocês na categoria 'unforgettable'.

uma seriadólotra.